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Algas marinhas são uma solução viável para reduzir a emissão de metano? 

Ingredientes para rações à base de algas marinhas foram recentemente apontados como uma possível solução para redução de emissões entéricas de metano em bovinos e para mitigação de mudanças climáticas – mas ainda há muito a aprender. 

Algas marinhas são uma solução viável para reduzir a emissão de metano? 

Ingredientes para rações à base de algas marinhas foram recentemente apontados como uma possível solução para redução de emissões entéricas de metano em bovinos e para mitigação de mudanças climáticas – mas ainda há muito a aprender. 

  • Há um interesse crescente em ingredientes para rações à base de algas marinhas como uma estratégia potencial de mitigação de metano.

  • Estudos realizados em laboratório descobriram que as algas marinhas podem reduzir a emissão de metano, ao mesmo tempo em que fornecem uma variedade de nutrientes e compostos essenciais que podem melhorar a saúde animal.

  • No entanto, não está claro se os efeitos são sustentáveis a longo prazo em diferentes sistemas de produção, ou quais impactos a grande produção de ração à base de algas marinhas teria no meio ambiente.

 

Algas marinhas são uma solução viável para reduzir a emissão de metano?
Criadores de gado e pecuaristas são líderes na descoberta e suporte de soluções inovadoras para aumentar a eficiência, reduzir as emissões de metano e melhorar a sustentabilidade geral da indústria agrícola. Nos EUA, cerca de 27% das emissões totais de metano são atribuídas à fermentação entérica, que é o  processo digestivo único de animais como bovinos, que possuem vários estômagos. O processo natural produz metano, um potente gás de efeito estufa (GEE), que é liberado pelo animal na atmosfera. Isso corresponde a aproximadamente 3% das emissões antropogênicas de gases de efeito estufa (GEE). Estudos descobriram que melhorar a eficiência animal globalmente é a estratégia de mitigação de metano mais eficaz.

Uma solução que está ganhando popularidade atualmente é o uso de ingredientes à base de algas marinhas para produção de rações. Um estudo recente conduzido pelo World Wildlife Fund (WWF), Advanced Research Projects Agency-Energy (ARPA-E) e Foundation for Food and Agriculture Research (FFAR), juntamente com 50 outros stakeholders da indústria, incluindo a Cargill, investigou as últimas descobertas sobre ingredientes para rações à base de algas marinhas; descobriu-se que são um forte candidato para reduzir as emissões entéricas de metano. No entanto, ainda há questões pendentes sobre ser uma solução sustentável a longo prazo. Dividimos os destaques do estudo abaixo:

Tendências positivas das algas marinhas
Bovinos já se alimentaram de pastos com algas marinhas por milhares de anos – desde 100 a.C., na Grécia, fazendeiros e pecuariastas intencionalmente alimentavam o gado assim. A ciência comprova: em um exemplo, uma análise in vitro (baseada em laboratório) sugeriu que Asparagopsis taxiformis (um tipo de alga marinha vermelha) pode reduzir emissões de metano em 95% quando adicionada à ração a uma taxa de inclusão de matéria orgânica de 5%. Mas os resultados ainda são altamente variáveis. Por exemplo, a inclusão de A.taxiformis em um estudo in vivo (baseado em animais) a 0,10 and 0,20% de matéria seca alimentar durante um período de 90 dias, diminuiu a produção de metano em novilhos para 40 e 98%  e produziu ganho de peso de 24 e 17kg, respectivamente. Entretanto, no geral, os resultados tendem a ser positivos.

Além disso, estudos descobriram que ingredientes de ração à base de algas marinhas podem fornecer uma variedade de nutrientes e compostos essenciais que podem melhorar a saúde geral do animal. Estudos observaram um aumento nos ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) que podem melhorar as taxas de concepção e reduzir as perdas de gravidez, um aumento nos benefícios para a saúde que levam a uma redução no estresse oxidativo, nos marcadores de estresse, na incidência de cetose e um aumento na produção de leite.

Ainda há mais para aprender
Embora os estudos apresentem resultados positivos, o uso de algas marinhas para mitigação de metano entérico em grande escala em um ambiente comercial ainda não foi testado. Não é claro se os efeitos são sustentáveis a longo prazo em diferentes sistemas de produção e quais impactos a grande produção de ração à base de algas marinhas teria sobre o meio ambiente e os sistemas de aquicultura. Tem sido difícil construir um conjunto de dados de estudos in vivo (baseados em animais) para observar os impactos na saúde animal, produtividade e no efeito sobre os subprodutos a longo prazo. Por exemplo, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA tem um limite para trihalometanos (encontrados em algumas algas marinhas) na água potável, portanto, qualquer nível acima desse limite no leite de vacas alimentadas com algas marinhas pode representar uma preocupação de segurança alimentar humana.

Além disso, a pesquisa ainda precisa demonstrar o valor econômico da ração à base de algas marinhas para os pecuaristas. Uma vez que não há cadeia de abastecimento comercial ou processo regulatório estabelecido, o valor da melhoria deve ser suficiente para cobrir o custo do produto, ou programas de incentivos adicionais para encorajar o agricultor e a adoção do pecuarista precisariam ser estabelecidos.

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Para onde vamos a partir de agora
As algas marinhas são uma opção para reduzir as emissões de metano entérico, mas ainda não chegamos ao ponto em que sabemos se é uma solução de longo prazo e em grande escala. No entanto, a indústria está explorando uma variedade de estratégias de sustentabilidade, algumas das quais os produtores rurais podem implementar agora.

Para saber mais sobre o trabalho da Cargill para sustentabilidade da carne bovina, confira a Iniciativa de Sustentabilidade BeefUp