1_Liderar 2_Usar_Nosso_Porte 3_desenvolver 4_Ser_o_Parceiro 5_Ser_Excelente 6_Sobre 7_mensagem 8_destaques

 

A atuação responsável permeia todas as atividades da Cargill, desde o relacionamento com os produtores rurais até ações no pós-consumo. Dessa forma, a empresa cumpre seu compromisso de alimentar o mundo de maneira segura, saudável e acessível, ao passo em que inspira boas práticas e prospera ao lado de parceiros, clientes e comunidades.

Na última década, a evolução da companhia no tema trouxe resultados significativos na gestão das cadeias produtivas. Por meio de métricas, protocolos e índices, a Cargill realiza a gestão de dados para uma atuação mais estratégica dos negócios, alinhada às práticas e aos compromissos globais.

Princípios Éticos Cargill

  1. Cumprimos a lei
  2. Conduzimos nosso negócio com integridade
  3. Mantemos registros precisos e honestos
  4. Honramos as obrigações de nosso negócio
  5. Tratamos pessoas com dignidade
  6. Protegemos as informações, os ativos e os interesses da Cargill
  7. Estamos comprometidos com uma cidadania global e responsável
   

Gestão de riscos

O sistema de gerenciamento de riscos é outro componente do sucesso da gestão. Ao antecipar riscos que possam impactar as operações, a empresa consegue tomar decisões mais assertivas de forma ágil e responsável. Os principais riscos monitorados são: crédito; taxas de câmbio e juros; liquidez; preços de commodities e riscos decorrentes de mudanças climáticas.

Governança Corporativa GRI 102-18

A liderança global da Cargill é de responsabilidade da Diretoria Executiva, formada pelo presidente e por oito diretores. Em 2017, dois entre esses nove executivos eram mulheres.

A Diretoria comanda a execução das estratégias globais, com o apoio de cinco comitês permanentes e, eventualmente, comitês temporários criados para atender a questões pontuais.

Executivos da Cargill de várias partes do mundo, inclusive do Brasil, compõem os comitês corporativos, garantindo que as especificidades dos negócios em cada localidade sejam consideradas na criação de iniciativas e projetos. Atualmente, os comitês estão estruturados da seguinte forma:

Comitê de Ética nos Negócios – Zela pelo cumprimento do Código de Conduta e atua na gestão de riscos relacionados à marca e à reputação. Também define o posicionamento da companhia diante de políticas públicas e do relacionamento com os stakeholders, para garantir a integridade e a transparência na condução dos negócios.

Comitê de Recursos Humanos – Apoia o trabalho de atração, seleção e gestão de talentos com base em diretrizes para a promoção da diversidade e da inclusão. Também discute e revisa as políticas relacionadas à remuneração, aos benefícios, às práticas trabalhistas, aos investimentos de fundos de pensão e às iniciativas de transição de carreira.

Comitê de Riscos Financeiros – Define políticas, padrões e procedimentos para a gestão de riscos, a fim de garantir a sustentabilidade dos negócios ante os fatores econômico-financeiros que podem impactar as operações.

Comitê de Saúde e Segurança no Trabalho – Monitora os indicadores relacionados à saúde e à segurança dos funcionários, além de atuar no suporte das iniciativas que visam ao cumprimento e ao aperfeiçoamento das normas e dos procedimentos de segurança dentro e fora da companhia.

No Brasil, a liderança é apoiada por três comitês locais.

  • Comitê de Saúde – Conecta e potencializa as iniciativas relacionadas à saúde na Cargill, como a área de benefícios, os ambulatórios e as campanhas de prevenção. Com uma série de ações planejadas em parceria com o departamento de Recursos Humanos, o Comitê busca fazer com que os funcionários sejam protagonistas nos cuidados com a própria saúde.

  • Comitê de Diversidade – Grupo multidisciplinar com profissionais de todas as áreas e níveis hierárquicos. Valida as diretrizes relacionadas às singularidades humanas, ações, metas e indicadores bem como acompanha as ações dos Business Resource Group (BRG) - Pride Network, AfroCargill, MOB e CWN Brasil.

  • Comitê de Sustentabilidade – Formado por 11 gestores da alta liderança, o Comitê de Sustentabilidade da Cargill no Brasil se reúne a cada trismestre e atua por meio de grupos de trabalho. Em 2017, dedicou-se prioritariamente a três planos de ação que tratam dos temas: Gestão da Jornada de Trabalho; Saúde e Segurança do Trabalho e Uso do Solo.

Conduta Ética GRI 102-16

A conduta ética da Cargill tem sido um rico legado no desenvolvimento e sustentação do agronegócio, da indústria e do setor de alimentos no País. Sua sólida posição de liderança no mercado global é construída diariamente sobre os pilares da transparência e do respeito. Todos os negócios partem do princípio da concorrência leal e são promovidos de forma justa e honesta.

Para garantir esses princípios, há um Código de Conduta que descreve os padrões éticos e de conformidade da empresa para conduzir negócios ao redor do mundo e serve de guia para os 150 mil funcionários. Todos os funcionários recebem treinamento sobre o código quando ingressam na empresa, tornando-se responsáveis pelo seu cumprimento, bem como pela prevenção, detecção e comunicação de qualquer violação às leis ou políticas da empresa. Há uma linha ética, na qual qualquer colaborador ou terceiro pode denunciar uma atitude inapropriada. GRI 103-412, 412-2

A Cargill desenvolveu também o Código de Conduta do Fornecedor, que determina parâmetros éticos exigidos em toda a sua cadeia de valor.

Cadeia produtiva GRI 102-9, 103-408, 103-409, 103-411

O compromisso da empresa com a ética e as boas práticas socioambientais se estende a toda a cadeia produtiva, uma vez que a qualidade e a segurança dos alimentos oferecidos pela Cargill dependem dos vínculos de confiança estabelecidos com os fornecedores. Além do Código de Conduta do Fornecedor, há o Código de Ética do Comprador, que reúne um conjunto de regras relacionadas ao tema.

A política interna segue a legislação e as operações de compras diretas de materiais e insumos são regidas pelo Código de Conduta do Fornecedor, cujo aceite formal é condição para participação em qualquer processo de compras da companhia.Todos os contratos possuem cláusulas referentes a regras relacionadas a compliance e direitos humanos, o que inclui os direitos dos povos indígenas. GRI 412-1, 412-3

Além disso, os fornecedores não devem, em hipótese alguma, empregar, direta ou indiretamente, mão de obra infantil, e/ou utilizar-se de mão de obra em condições de trabalho análogo ao escravo. O descumprimento desses critérios resulta em quebra legal de contrato.

Signatária do Pacto Empresarial Contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Brasileiras, a Cargill considera a exploração sexual infantil um risco entre os fornecedores. Para mitigá-lo, é apoiadora do Programa Na Mão Certa, em que motoristas recebem orientações contra esta prática. O programa, iniciativa da Childhood Brasil, visa mobilizar governos, empresas e organizações do terceiro setor no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias e estradas brasileiras. Em 2017, foram realizadas três diferentes campanhas em seis unidades da companhia, com a participação de mais de 640 caminhoneiros. Para 2018, a empresa pretende expandir as ações a todas as localidades onde está presente, assim como possuir pelo menos uma pessoa treinada e apta a realizar as campanhas do Na Mão Certa em cada uma dessas comunidades. GRI 408-1, 414-2

Parcerias

Como parte da comunidade global, a Cargill reconhece a importância do seu papel em ajudar a enfrentar alguns dos desafios mais significativos mundialmente. Dessa forma, trabalha em parceria com governos e organizações de bem-estar social para tratar da preocupação com problemas relacionados aos direitos humanos, que incluem trabalho forçado, tráfico humano e outras práticas ilegais. GRI 103-412

Entre os impactos sociais negativos na sua cadeia produtiva, a Cargill mapeou riscos de trabalho escravo, desmatamento ilegal e descumprimento da legislação ambiental na compra de matéria-prima de agricultores.

A Cargill possui um sistema central automatizado em seus controles de compras, emissão de notas fiscais e recebimento que bloqueia todos os empregadores presentes na lista suja do trabalho escravo. Signatária do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, a empresa utiliza a lista elaborada pela ONG Inpacto, parceira institucional que tem como missão erradicar o trabalho escravo. O mesmo sistema também bloqueia qualquer tipo de comercialização com pessoas jurídicas e/ou físicas que estejam listadas pelo IBAMA. GRI 412-3, 414-2

Em 2016, foi estabelecida globalmente uma parceria com a ONG World Resources Institute (WRI), que visa fortalecer a sustentabilidade na cadeia de suprimentos e garantir aos parceiros a segurança e a transparência em práticas ambientais. O WRI desenvolveu uma plataforma para consolidar dados de perda de florestas, na qual a Cargill Brasil também contribui, a fim de tornar as informações disponíveis mais robustas e precisas para a companhia, o setor e demais públicos de interesse. O Relatório de 2017 sobre Florestas, publicado no site da Cargill, traz mais informações sobre o assunto. GRI 102-12, 304-2

Avaliação Social GRI 103-414

A Cargill aplica os formulários de capacidades (VMO, Vendor Management Office) e de solicitação de informações (RFI, Request for Information) nos sistemas de busca por novos fornecedores para identificar e avaliar os impactos reais e potenciais negativos da cadeia de suprimentos.

Chamado de Strategic Sourcing, tal sistema não inclui algumas situações em que contratos com fornecedores são estabelecidos diretamente com áreas interessadas, agricultores, transportadoras e terceiros. Dentro disso, foram avaliados 2.120 novos fornecedores de acordo com critérios de direitos humanos em 2017, 49% mais que os 1.418 avaliados em 2016. GRI 414-1

O processo inclui ações de prevenção, mitigação ou retenção desses impactos, tais como: envio de informações para o comitê de fornecedores, busca de parecer jurídico e até bloqueio do fornecedor.

A avaliação da capacidade do fornecedor considera se há uma declaração formal ou política interna – e se essa é estendida aos seus fornecedores. Já o monitoramento inclui informações sobre segurança e saúde no trabalho, emissões atmosféricas, gerenciamento de efluentes, estoque e manuseio, solo e proteção do lençol freático, biomassa, controle de ruídos e outros assuntos ligados a projetos de ecoeficiência, área embargada, região de escassez de água, erradicação de mão de obra infantil, mão de obra análoga à escrava, erradicação a exploração sexual infantil. Os indicadores que medem o desempenho em sustentabilidade dos fornecedores contratados são atualizados trimestralmente.

A estratégia com o apoio do Comitê de Sustentabilidade, que possui indicadores específicos para ajudar na melhoria desse desempenho. No terceiro quadrimestre do ano fiscal 2017/2018, o índice de fornecedores avaliados em sustentabilidade foi de 72% (meta era 75%). Entre os novos fornecedores, 56% dos que receberam Requests for Proposal (convites para venda) estavam em conformidade com os critérios de sustentabilidade, sendo que 100% dos contratados atenderam aos critérios estabelecidos. GRI 414-1

Saúde e segurança do consumidor GRI 103-416

A Cargill possui uma definição clara para segurança dos alimentos: proteger as pessoas e animais de doenças ou acidentes provenientes do manuseio ou consumo de seus produtos alimentícios.

Sua política de alimentos seguros (food safety) está fundamentada em: padrões e princípios do Codex Alimentarius para alimentação humana e animal; princípios da Organização Mundial para a Saúde dos Animais (OIE) para questões relacionadas à saúde animal; e princípios da Comissão Internacional de Proteção à Vegetação (IPCC) para questões relacionadas à saúde vegetal.

A empresa adota uma abordagem científica baseada nos riscos para a segurança dos alimentos, com sistemas que priorizam ações preventivas que tratam de danos biológicos, químicos e físicos. Esse modelo inclui programas sólidos de pré-requisitos, compostos de princípios de higiene, de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e de responsabilidades de gerenciamento definidas.

Considerando que as práticas para a segurança dos alimentos, a legislação e a supervisão normativa variam de acordo com cada país, e a Cargill é uma empresa internacional, seu sistema de food safety foi construído globalmente para preservar a integridade das cadeias de fornecimento locais, regionais e globais, geralmente ultrapassando as normas locais. Sua metodologia considera prevenção, intervenção e resposta ao aprimoramento da saúde pública.

Do ponto de vista regulatório, o principal compromisso é cumprir a legislação e manter a equipe atualizada sobre os requisitos regulatórios. Para isso, tem como meta, atualizar 100% do time sobre legislação de alimentos que possam impactar nossos produtos e negócios, fornecendo treinamentos regulatórios sobre temas prioritários como: contaminantes em alimentos, rotulagem geral e nutricional, prazos de validade e alergênicos.

Gestão da sustentabilidade

Alinhada ao propósito global da companhia, a estratégia de sustentabilidade da Cargill até 2020 está pautada em contribuir para que a empresa seja reconhecida como a fonte mais confiável de produtos e serviços sustentáveis. Tal estratégia já começou a dar resultado e, em novembro 2017, a Cargill foi reconhecida entre as melhores empresas do setor de Agronegócio do Guia Exame de Sustentabilidade pelo segundo ano consecutivo.

Cargill foi reconhecida entre as melhores do agronegócio pelo segundo ano consecutivo

 

Focado em governança e parcerias estratégicas, o posicionamento da Cargill em sustentabilidade, comunicação e educação, em 2017, concentrou esforços em temas prioritários divididos em três pilares: Nutrir o mundo, Proteger o planeta e Valorizar nossas comunidades. Apoiando a tomada de decisão da Cargill, o Comitê de Sustentabilidade faz parte da estrutura de governança, sendo formado por 11 gestores da alta liderança. A Cargill também se comprometeu com metas de melhoria nos principais temas que influenciam o seu negócio (veja quadro a seguir).

PilaresObjetivosTemas prioritários
1. Nutrir o mundoMelhorar a segurança dos alimentos e a nutrição, progredir com as inovações do sistema alimentar e fortalecer a subsistência dos produtores.Segurança dos alimentos e nutrição
Inovação no sistema alimentar
Boas práticas agrícolas
2. Proteger o planetaMelhorias no uso do solo, o avanço das soluções climáticas e a proteção dos recursos hídricos.Uso do solo
Mudanças Climáticas
Fornecedores
Recursos hídricos
3. Valorizar nossas comunidadesFortalecer a economia e o desenvolvimento da comunidade, além de motivar um impacto duradouro, por meio do engajamento dos funcionários.Apoio financeiro e de gestão a projetos de impacto social
Voluntariado nas comunidades locais
Funcionários
Saúde e Segurança
Clientes

Toda a estratégia é acompanhada em reuniões periódicas pelo Comitê de Sustentabilidade por meio de indicadores e metas, conforme apresentado abaixo.

Indicadores do Comitê de Sustentabilidades (KPIs)
TemaObjetivo estratégicoMetaDesempenho 1
3T 15/163T 16/173T 17/18
Mudanças climáticasReduzir as emissões de gases de efeito estufa10%-12,50%-1,33%8,99%
EnergiaAumentar a eficiência energética5%3,51%2,65%9,03%
Aumentar o uso de energia renovável18%89%91,63%92,77%
ÁguaAumentar a eficiência de uso de água5%-4,20%1,27%6,35%
Saúde e SegurançaEliminar a ocorrência de acidentes reportáveis associados à saúde e à segurança dos funcionários e contratados0,10--0,07
ComunidadesMelhorar o relacionamento com as comunidades, por meio de engajamento e medidas que promovam seu desenvolvimento econômico e social>70%94%95%90%
FornecedoresAvaliar o desempenho em sustentabilidade dos fornecedores175%84%97%72%2
1 Números referentes aos terceiros trimestres de cada safra em relação à meta.
2 Revisão anual da segmentação de categorias e fornecedores e a dinâmica padrão de entrada e saída de fornecedores da base alteraram o baseline. Apesar da queda percentual, a avaliação foi aprimorada.

Política para Proteção das Florestas GRI 103-304

A empresa apoia a Declaração de Nova York sobre Florestas desde 2014 e, com o compromisso de ajudar a acabar com o desmatamento nas cadeias de fornecimento, lançou em 2015 a Política para Florestas da Cargill. O documento expressa globalmente o compromisso de proteger as áreas de maior biodiversidade do planeta com a redução de 50% do desmatamento em toda a cadeia produtiva agrícola até 2020 e de 100% até 2030. Em 2016, equipes começaram a medir e monitorar o desmatamento na produção de soja no Brasil.

A cadeia da soja no Brasil está entre as prioritárias e recebeu um plano de ação específico, cuja primeira etapa é a adesão dos fornecedores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), o primeiro e mais importante passo para a regularidade ambiental da propriedade rural previsto no Código Florestal Brasileiro. O objetivo é conscientizar os fornecedores sobre as vantagens de estar em dia com a legislação ambiental e mostrar o caminho para isso.

A campanha contou com o desenvolvimento e distribuição de folders, cartilhas, banners e, em 2017, uma série de vídeos com um passo-a-passo para atingir o público alvo. Os cinco vídeos estão disponíveis no canal do Youtube da Cargill Brasil.

Coalizão Brasil: Clima, Florestas e Agricultura

Movimento multissetorial formado por associações empresariais, empresas e sociedade interessados em contribuir com o avanço e a sinergia das agendas de proteção, conservação e uso sustentável das florestas. Membro da coalizão e uma das líderes do grupo de trabalho para implantação do Código Florestal Brasileiro e de Logística Sustentável, a Cargill participa de discussões sobre agricultura sustentável e mitigação e adaptação às mudanças climáticas sob a ótica de uma nova economia, de baixo carbono.

Produção sustentável da soja

Programa 3S

O programa de certificação para os produtores de soja 3S (Soluções para Suprimentos Sustentáveis) trabalha, desde 2010, com indicadores definidos em um rigoroso benchmarking. Após reformulação em 2015, foi reconhecido pela Federação de Produtores de Ração da Europa (FEFAC). É um modelo inovador de certificação criado pela Cargill focado em rastreabilidade, melhoria contínua e sustentabilidade que prioriza e promove ações nas fazendas certificadas, engajando os produtores numa trajetória em que práticas sustentáveis são incentivadas e reconhecidas. De adesão gratuita e voluntária, tem como objetivo prever soluções para que as diferentes etapas da cadeia produtiva sejam ainda mais responsáveis socioambientalmente. Desde 2016, o programa conta com a parceria do Instituto BioSistêmico (IBS) para fornecer assistência técnica para os produtores. Em 2017, foi expandido para Goiás e agora está presente em quatro estados (Paraná, Mato Grosso, Pará e Goiás), somando 163 propriedades e mais de 394 mil hectares de fazendas monitoradas. A eficiência do programa nos últimos 18 meses é atestada em resultados qualitativos – com a redução de autuações nas fiscalizações da legislação – e quantitativos: houve avanços em nos três pilares da sustentabilidade. Indicadores internos que consideram o manejo correto do solo e da água, o uso de defensivos agrícolas e o descarte do lixo, por exemplo, levaram a melhorias de pelo menos cinco pontos percentuais em cada aspecto. No tema ambiental, o incremento foi de 43,60% para 51,37%; no social, de 47,48% para 52,56%; e no aspecto produtivo (pilar econômico), de 49,48% para 54,81%.

Soja Plus

Programa educacional gratuito e voluntário de melhoria contínua da gestão econômica, social e ambiental da propriedade rural brasileira, preparando-a para uma produção sustentável e que atenda às demandas de mercado. A iniciativa surgiu em 2011 por uma parceria entre a Abiove e a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT) e é realizada em cinco estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Goiás. A Cargill financia o Soja Plus em Minas Gerais, onde funciona com a parceria da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), e também em Goiás, onde expandiu o programa no final de 2017 para um piloto com 31 produtores, todos indicados pela empresa.

Grupo de Trabalho e Moratória da Soja

A Cargill participa ativamente de todas as reuniões do Grupo de Trabalho da Soja (GTS), formado pelas empresas associadas à Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Brasileira dos Exportadores de Cereais (Anec), Ministério do Meio Ambiente, Banco do Brasil e outras organizações da sociedade civil como Greenpeace e WWF-Brasil. A Moratória da Soja é um acordo setorial firmado por esse grupo em 2006 por meio do qual as empresas se comprometeram a não comercializar nem financiar a soja produzida em áreas que foram desmatadas no bioma Amazônia após 2008. A Cargill tem sido auditada anualmente nesse sentido desde então e seu relatório de 2017 foi muito bem avaliado pelo grupo.

Grupo de Trabalho do Cerrado

Criado em 2017, o Grupo de trabalho dedicado ao Cerrado (GTC) reúne ONGs, empresas, governo, bancos e consumidores nacionais e internacionais e foi coordenado pela Cargill em parceria com a WWF-Brasil em seu primeiro ano. O grupo multisetorial tem como objetivo erradicar, no menor prazo possível, o desmatamento no bioma do Cerrado, conciliando a produção de soja com os interesses ambientais, econômicos e sociais. Para isso, o GT tem examinado uma série de soluções e opções para enfrentar os problemas.

Protocolo Verde de Grãos

Trata-se de um acordo entre o governo do Pará, o Ministério Público e o setor privado para eliminar o desmatamento das principais cadeias produtivas paraenses. Ele estabelece critérios e diretrizes para garantir transações comerciais responsáveis entre empresas e produtores do Pará, a fim de evitar que os grãos provenham de áreas ilegalmente desmatadas. Instrumento voluntário assinado em 2014, a Cargill aprimorou seus procedimentos em 2017 para atender ainda melhor o compromisso.

Produção sustentável do cacau

Há uma demanda crescente por chocolate que aumenta na mesma proporção que a população mundial, entre 2% e 3% ao ano. Isso mantém os investimentos do setor e estimula o crescimento da produção de cacau na América Latina. O Brasil tem papel fundamental nesse cenário, pois possui terra, clima, tecnologia, genética e capacidade de investimento. Com isso, a Cargill continua investindo na expansão do cacau no Pará e na recuperação da produção na Bahia em uma estratégia alinhada à Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), da qual é membro ativa. Investir na produção do cacau significa desenvolver produtos de melhor qualidade para os clientes, e o aprimoramento desta produção traz benefícios para a companhia e para a comunidade produtora de cacau em todo mundo.

Cacau Floresta

Desenvolvido em parceria com a The Nature Conservancy (TNC) e o Ministério da Agricultura, o projeto Cacau Floresta busca a recuperação de áreas degradadas no Pará utilizando o cacau no Sistema Agroflorestal (SAF). Por meio desse modelo, a Cargill pretende expandir a cultura sem derrubar uma única árvore no estado, importante região produtora de cacau no Brasil. O projeto vem sendo executado desde 2013 na região de São Félix do Xingu por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e da Cooperativa Alternativa de Pequenos Produtores Rurais e Urbanos de São Félix do Xingu (Cappru). A iniciativa já analisou 70 propriedades e beneficiou 123 produtores familiares em uma área de aproximadamente 450 hectares, que correspondem a uma produtividade de 900 kg por hectare.

Projeto Tuerê

Também no Pará, na cidade de Novo Repartimento, a Cargill desenvolve o Projeto Tuerê em parceria com a Solidaridad Network, a Ceplac e a Secretaria Municipal de Agricultura. O projeto atua dentro do maior assentamento rural da América Latina, onde residem cerca de três mil famílias. Com a experiência de ter desenvolvido projetos similares com 13 culturas em 37 países, a ONG Solidariedad selecionou produtores para participarem da aplicação da ferramenta Horizonte Rural, que diagnostica os principais gargalos da produção e apresenta alternativas. A análise mostrou a necessidade de assistência técnica, regularização ambiental e melhor acesso ao mercado. O projeto já apresentou resultados em qualidade do fruto, produtividade e redução de emissões de gases de efeito estufa. Em 2017, 96 produtores participavam do programa de assistência técnica continuada e a expectativa é que em dezembro de 2018 chegue a 150 produtores.

Cocoa Promisse e Certificação UTZ

Compromisso que permeia o trabalho da Cargill nos últimos dez anos, o Cocoa Promisse reafirma os esforços da Companhia em desenvolver as fazendas produtoras de cacau de forma sustentável. Em 2012, a empresa trouxe para o Brasil a certificação UTZ, que garante produção sob rigorosas regras, abrangendo desde o manejo da lavoura até o atendimento às legislações ambientais e trabalhistas. A Cargill encerrou 2017 com 90 fazendas certificadas na Bahia, no Espírito Santos e no Pará. O objetivo é chegar a 200 propriedades até 2019. Para isso, toda a cadeia vem sendo trabalhada para melhorar a condição de vida do produtor, garantir condição ambiental ideal e qualidade do produto final diferenciada.

Fundação Cargill GRI 103-413

Com a missão de promover a alimentação saudável, segura, sustentável e acessível, do campo ao consumidor, há 45 anos a Fundação Cargill desenvolve e apoia projetos voltados à transformação social e geração de valor na cadeia de produção alimentar. Direcionados às comunidades do entorno da Cargill, os projetos envolvem voluntários da própria companhia, organizações da sociedade civil, instituições e associações diversas.

Em 2017, a Fundação Cargill desenvolveu projetos em 12 municípios, que beneficiaram 37.960 pessoas, considerando que 7% das operações da Cargill possuem o programa, percentual calculado de acordo com o escopo do relatório, de 176 operações. GRI 413-1

Grande parte dos projetos é selecionada por meio de editais. Seis iniciativas receberam apoio de gestão e financeiro no valor de até R$ 100 mil em 2017, beneficiando mais de 459 mil pessoas. Já o edital de 2018 selecionou sete projetos entre 168 inscritos que juntos beneficiarão 15.988 pessoas. As inscrições estão abertas e até dezembro de 2018 serão selecionados projetos de impacto social que estejam num raio de até 150 quilômetros do entorno das unidades e escritórios da Cargill. Eles receberão de R$ 50 mil à R$ 200 mil.

2017
ProjetoInstituiçãoLocalidade
Adubo SustentávelAssociação dos Pequenos Produtores do Vale do Limoeiro e Adjacências (APPVL)Ilhéus (BA)
Merenda Escolar e as cidades: responsabilidade de todosComunitasSão Paulo (SP)
Programa Oficina EducativaVerde VidaChapecó (SC)
Rede de Atores para a Redução de Perdas e Desperdícios de Alimentos no BrasilWRI BrasilSão Paulo (SP)
Super VitaminadosInstituto de Desenvolvimento de TalentosCuritiba (PR)
Viveiro OrgânicoAção MoradiaUberlândia (MG)
2018
ProjetoInstituiçãoLocalidade
Bota na MesaFundação Getulio VargasSão Paulo (SP)
Comer na Escola Serve para quê?Avisa LáItapira (SP)
Cozinha ExperimentalLar das Moças CegasSantos (SP)
Fazenda Aquapônica UrbanaAssociação ReciclázaroSão Paulo (SP)
Frutos do cerradoInstituto Avançado de Ensino Superior de BarreirasBarreiras (BA)
Pão para viver (cozinha experimental)Viver Ações SociaisChapecó (SC)
Programa de Educação Alimentar e NutricionalUniversidade Federal de Goiás (UFG)Goiânia (GO)
Projeto Alto Arapiuns de Segurança Alimentar e Conservação AmbientalAeroclube de Voo e Vela CTASantarém (PA)
Sabores e ConexõesONG Arrastão Movimento de Promoção HumanaSão Paulo (SP)

Tese de Impacto Social em Alimentação

Em parceria com a aceleradora de projetos sociais Artemísia, a Fundação Cargill lançou em 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, a Tese de Impacto Social em Alimentação, um mapeamento inédito que identifica oportunidades para empreender no setor de alimentação voltado à baixa renda. O projeto integra uma parceria das duas organizações para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

A tese reúne informações relevantes sobre os desafios enfrentados pela população de baixa renda no Brasil e pelo setor; e aponta oportunidades para o desenvolvimento de negócios de impacto social que possam contribuir de forma positiva à sociedade. Mais do que a sistematização do conhecimento, o estudo apresentou análises que servirão de insumo para o setor, apoiando o desenvolvimento de uma nova geração de negócios de impacto social com soluções focadas em alimentação.

Entre os negócios analisados, foi selecionado a startup Sumá, de Balneário Camboriú (SC), que oferece uma plataforma de comercialização justa da agricultura familiar: a solução conecta diretamente produtores com compradores de alimentos, tendo por objetivo aumentar as margens do pequeno produtor. Para isso, os empreendedores selecionam os produtores que apresentam produção qualificada, integrando-os a uma plataforma. Em piloto conduzido com 30 agricultores em 10 estados, os resultados apresentaram redução de 30% nos custos dos produtos comprados via Sumá em relação ao modelo de mercado tradicional. Os produtores não aprovados no processo também recebem qualificação.

Alimentação em foco

Voltado para projetos inovadores de universitários na área de alimentação saudável, o Prêmio Alimentação em Foco é realizado anualmente pela Fundação Cargill, em parceria com a Enactus Brasil, organização internacional sem fins lucrativos que fomenta o empreendedorismo social em 1.700 universidades de 36 países.

O vencedor em 2017 foi o Projeto Mudas, do IFCE Iguatu (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará), que competirá na etapa internacional do Campeonato Enactus, em Londres. O grupo desenvolveu duas tecnologias para auxiliar na irrigação e controle do uso eficiente da água. Por meio delas, 15 famílias puderam aumentar seu rendimento médio em 82%, além de adquirirem novas funções como empreendedoras. O segundo lugar ficou para o Projeto Amitis, desenvolvido por alunos da Universidade Federal de Alagoas. Por meio da construção de uma horta hidropônica com base suspensa de madeira e garrafas PET, eles possibilitaram à comunidade acesso a produtos agroecológicos e com um preço mais acessível.

Em 2018, 15 iniciativas foram selecionadas entre os 40 inscritos. Esses times receberão mentoria e apoio financeiro destinado ao desenvolvimento de projetos com foco em agricultura familiar, combate ao desperdício de alimentos, educação alimentar e/ou empreendedorismo na cadeia de valor da alimentação. O resultado será divulgado em julho.

Em 2017, houve um reposicionamento do site do projeto www.alimentacaoemfoco.org.br, além do fortalecimento da presença em canais digitais. O site traz conteúdos exclusivos e uma cobertura completa das tendências, artigos e eventos sobre alimentação, recebendo uma média de 8.400 visitas mensais.

NutriQuiz

Lançado em 2016, o aplicativo NutriQuiz é uma oportunidade de a Fundação Cargill interagir com o público e de identificar temas relevantes a ser trabalhados com a sociedade. Acessado por smartphones, trata-se de um jogo de perguntas e respostas sobre educação alimentar. São 400 perguntas agrupadas em temas, onde os conhecimentos sobre alimentação equilibrada são colocados de maneira lúdica e gratuita para qualquer interessado. Em dois anos, foram feitos mais 5,8 mil downloads.

Com o objetivo de conscientizar os funcionários da Cargill a fazer boas escolhas em sua alimentação e aumentar seus conhecimentos sobre o tema, foi realizado o Desafio Nutriquiz. O concurso interno premiou os 10 funcionários que obtiveram as maiores pontuações ao longo do período preestabelecido e agregou 432 novos usuários ao aplicativo.

Nutriquiz