A peste suína africana (PSA) é um vírus altamente transmissível sem cura e sem vacina. A taxa de mortalidade é de 100% em um período de 10 dias para os porcos infetados. O vírus é inofensivo para os humanos, mas tem um impacto significativo no fornecimento de carne de porco mundialmente e nos produtores rurais que a produzem, com repercussões no mercado global.

"Inicialmente, subestimamos o impacto da PSA e esperamos para ver o que acontecia", afirma o Sr. Yu, um suinicultor de Jiangsu, China. "Agora, sabemos que este vírus é muito mais grave e difícil de lidar do que imaginávamos". Juntos, os produtores rurais chineses como o Sr. Yu, perderam mais de 1 milhão de porcos devido à peste suína africana, que se alastrou a todas as províncias do país desde que a China anunciou o primeiro caso em agosto de 2018. Sendo anteriormente a fornecedora de mais de metade de toda a carne de porco consumida mundialmente, a perda de porcos na China até o momento supera a produção anual de carne de porco dos Estados Unidos, Canadá, México e Brasil combinados.

Assim como a PSA afeta rebanhos de porcos, ela também devasta o sustento dos produtores rurais e das suas famílias. "Sem vacina, a biossegurança e a imunidade dos rebanhos são a única coisa que podemos fazer para controlar a PSA", lamenta o Sr. Yu. E é aqui que entra a Cargill para apoiar clientes como o Sr. Yu e o setor de uma forma mais ampla. Assim, a equipe da Cargill na China formou uma parceria com o Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais (MAAR) da China, com a Rede de Ensino Rural à Distância e com o app de Agricultura Inteligente do MAAR.

 

Os produtores rurais podem acessar o aplicativo do MAAR e outros canais acessíveis para receberem orientações de gestão da biossegurança fáceis de compreender, como vídeos de instruções sobre a prevenção e webinars sobre como construir um sistema de procriação completo e saudável. A Cargill também tem uma equipe dedicada trabalhando diretamente com fornecedores mundiais no combate à PSA. Esta equipe global e multidisciplinar utiliza uma abordagem holística para abordar as questões da segurança alimentar, biossegurança das fazendas e imunidade aprimorada, incluindo o reforço da imunidade através de auditorias com consumidores, formação de funcionários, educação dos clientes e investimentos em novos equipamentos e soluções.

O Sr. Yu está trabalhando com a equipe da Cargill para preparar a sua operação para a reposição de sua população, uma tarefa complicada. A descontaminação pode demorar entre seis meses e três anos. A China assiste a esforços acelerados para repovoar os rebanhos reduzidos e os produtores de carne de porco com rebanhos sobreviventes estão trabalhando para aumentar a sua produtividade, desenvolvimento e qualidade de vida. Os preços da carne de porco nacional e importada estão aumentando na China porque o fornecimento congelado do país, abatido precocemente na esperança de evitar a doença, está próximo do esgotamento. Enquanto isso, a lacuna no fornecimento de carne de porco na China está sendo parcialmente preenchida com outras proteínas de origem animal nacionais e importadas, tais como as aves, carne de vaca e marisco, bem como opções de origem vegetal. A crescente procura de alimentação para estes outros tipos de carne oferece algum alívio aos produtores rurais, que tinham assistido a um declínio na procura de ingredientes para a alimentação suína, incluindo a farinha de soja e premixes.
 

Recuperação provavelmente lenta com um pacto duradouro

Mas é provável que a recuperação da PSA seja lenta. Embora os governos estejam trabalhando para intensificar os controles de segurança dos animais, as previsões sugerem que a recuperação possa demorar de vários anos a uma década. A PSA atravessou para o Vietnã, Camboja, Laos, Myanmar, Filipinas e Coreia do Sul. Surgiram vários surtos no Leste Europeu e na região do Báltico e teme-se que este vírus altamente transmissível ainda não esteja contido. A conformidade com rigorosos protocolos de biossegurança é vista como fundamental para a recuperação.

Para a Cargill, isto significa um reforço ainda maior das suas já rigorosas medidas de biossegurança: por exemplo, colocar ingredientes-chave em quarentena, implementar práticas de tratamento térmicas e químicas, investir em equipamento de biossegurança de vanguarda e realizar programas de formação exaustivos para funcionários e clientes. Também significa trabalhar para construir a imunidade geral das porcas na ausência de uma opção de vacina específica. A Cargill está aplicando tecnologias que aumentam as defesas imunitárias dos animais e/ou aumentam a sua produtividade, crescimento e qualidade de vida. Para os produtores rurais como o Sr. Yu, isto deve tornar os rebanhos mais resilientes contra futuros surtos.