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Recuperação do meio ambiente e produção sustentável de cacau ao mesmo tempo? Cargill está presente nessa jornada

Parceria com Belterra tornou isso realidade com quase um milhão de mudas de cacau e outras espécies no país.

“Um exemplo de como entregamos suporte financeiro e inovação para que os produtores invistam cada vez mais em agricultura regenerativa é nossa parceria com a Belterra”. Foi assim que Laerte Moraes, líder Food Solutions South America, definiu o trabalho com a empresa especialista em Sistemas Agroflorestais (SAFs).

A ação tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de um sistema agroflorestal, que traz o benefício de melhorar a saúde do solo e conservar a biodiversidade local. Por definição da Embrapa, SAFs otimizam o uso da terra, conciliando a preservação ambiental com a produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra para a produção agrícola. Podem ser utilizados para restaurar florestas e recuperar áreas degradadas.

Mas o que vamos fazer nessa parceria? “Vamos, junto com a Belterra, plantar mil hectares na região do norte do Mato Grosso, Brasil, em associação com outros tipos de culturas locais além do cacau”, afirma Laerte.

Isso porque a Cargill tem o compromisso de restaurar 100 mil hectares de áreas degradadas no Brasil nos próximos cinco anos. Parte da meta está em via de ser cumprida com essa iniciativa que, ao mesmo tempo que fomenta o desenvolvimento da cacauicultura, restaura parte do bioma amazônico na região Centro Oeste brasileira.

O cacau foi o cultivo escolhido na parceria com a Belterra por poder ter seu plantio em regiões onde o solo foi destinado a um ou dois tipos de cultivos nas últimas safras. Além disso, o cacau possui alta capacidade de estoque de carbono e, portanto, pode ser também uma importante estratégia para compensação da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa).

“A soma de práticas sustentáveis, rastreabilidade e relevância comercial fazem do cacau o carro-chefe de muitos sistemas agroflorestais, já que é responsável por manter a umidade no solo da floresta e fertilizá-lo, além de protegê-lo e mitigar riscos de erosão”, afirma Raphael Hamawaki, coordenador de Projetos de Sustentabilidade CASC SA.

Com isso, a lavoura cacaueira estabiliza economicamente os SAFs, produzindo sistemas mais resilientes, pois tem um mercado estruturado e “ajuda o Brasil a enfrentar os desafios no abastecimento interno de cacau, já que ainda é preciso importar amêndoas para suprir nosso mercado”, finaliza Sandra Munoz, líder de geomarketing da Cargill para Brasil e América Latina.

A expectativa é abastecer o mercado nacional, exportação, refinar a produção sustentável de amêndoas, promovendo a restauração em áreas degradas, além de estimular o consumo de derivados e fomentar renda para o produtor.

Mas a Cargill não é a única a participar constantemente do processo. Os locais de plantio nas fazendas onde a Belterra opera contam com uma série de ações por parte da empresa.

“Nós estruturamos os sistemas agroflorestais para que sejam adaptáveis às demandas do mercado e alinhados aos interesses dos produtores. A capacidade de venda da produção é um fator crítico para o sucesso da expansão dos sistemas regenerativos, por isso nos envolvemos em todas as etapas: pesquisa, plantio, e desenvolvimento de cadeias”, explica Valmir Ortega, geógrafo, fundador da Belterra e especialista em agrofloresta.

A operação é realizada atualmente com financiamento concedido pela Cargill e pelo Banco Cargill. Além da restauração dos mil hectares do bioma amazônico, a parceria ainda contempla a compra do cacau produzido, uma operação barter, ou seja, de troca de insumos por parte da produção.

“Estamos participando como financiador, com dinheiro e também com o fornecimento de insumos como agroquímicos e fertilizantes para a implementação. Além disso, compramos todo esse cacau para gerar liquidez na indústria. Isso gera uma renda para o produtor a curto, médio e longo prazo”, explica Laerte.