Empoderamento e sustentabilidade em um mesmo projeto? Sim, apoiamos uma iniciativa assim no norte do Brasil
Conheça o Projeto Mulheres do Xingu que, apoiado pela Cargill e pelo Instituto Imaflora, auxilia no desenvolvimento socioeconômico de mulheres empreendedoras do setor de produtos feitos a partir de frutas
“Nós pensávamos que não éramos qualificadas, mas mostramos que somos capazes e podemos montar nosso próprio negócio”, assim Maria Josefa Machado Neves, definiu a evolução da Associação das Mulheres Produtoras de Polpa de Fruta (AMPPF), organização da qual é presidenta.
Maria é parte de um grupo de 50 mulheres empreendedoras no Pará, região Norte do Brasil e, ao enfrentarem problemas socioeconômicos, buscaram alternativas e contam com subsídios que ajudam no fortalecimento da agroindústria de derivados de cacau. Para isso, as empreendedoras contam com o apoio da Cargill e do Instituto Imaflora.
“O Imaflora é uma organização não governamental que existe desde 1995. Nós atuamos em diversas linhas e uma delas é o programa Florestas de Valor, desenvolvido no Norte do Pará”, explica Celma Oliveira, coordenadora de projetos do Imaflora.
O “Projeto Mulheres do Xingu” foi iniciado em 2020 com o objetivo de profissionalizar as mulheres da AMPPF, em São Félix do Xingu, no Pará, por meio de capacitação e coaching focados no desenvolvimento de gestão. De lá para cá, a quantidade de participantes aumentou e o escopo do trabalho se desenvolveu ao longo do tempo, sempre focado no empoderamento das mulheres.
“O tema do gênero ainda tem muito o que avançar. A gente sabe que, sobretudo no meio rural, a transição da mulher para o espaço do mercado precisa de muito apoio da sociedade, de criar as condições para que elas possam de fato ter igualdade e equidade no acesso aos recursos necessários para produzir”, explica Heidi Buzato, do Imaflora.
Além disso, é uma iniciativa totalmente alinhada aos compromissos globais da Cargill para sustentabilidade, fazendo parte do Cargill Cocoa Promise, estratégia para implementação e execução de ações que melhoram as condições econômicas, sociais e ambientais dos produtores de cacau, suas famílias e comunidades onde estão inseridos, garantindo a longevidade e a sustentabilidade do setor cacaueiro para gerações futuras.
“A gente conta com o apoio da indústria agora, há os cursos de capacitação que estamos fazendo e vamos diversificar nossos produtos. Somos da agricultura familiar e às vezes contamos com recursos limitados, então o apoio deles é fundamental para que as coisas aconteçam. Trouxe a independência financeira para nós, que acredito ser o mais importante”, explica Maria Helena Gomes, associada da AMPPF
O projeto foi apoiado pela Cargill para que uma agroindústria fosse formada. “A ideia é que seja uma nova fonte de renda dessas mulheres e, além de ser uma fonte que vai apoiar a composição familiar, também crie um equilíbrio ecológico por meio de sistemas agroflorestais”, explica Érica Pereira, coordenadora de Sustentabilidade Cacau e Chocolate na Cargill.
Com isso, além de fomentar avanços socioeconômicos, a iniciativa também gera ganhos ambientais. O Mulheres do Xingu visa o reflorestamento e a adequação ambiental na região, ações ligadas ao nosso compromisso na Cargill com a sustentabilidade.
Podemos visualizar os resultados ambientais a partir da recuperação de áreas degradadas nas propriedades das famílias beneficiárias e diminuições de desmatamento ilegal. Além disso, houve uma redução de emissão de gases de efeito estufa por meio da adoção de práticas produtivas sustentáveis. O reaproveitamento de resíduos gerados pela agroindústria também foi tema do projeto.
“Fortalecidas socioeconomicamente, as mulheres conseguem aliar preservação ambiental e produção. E assim, mantém a floresta em pé e recuperam as áreas degradadas a partir da implantação de sistemas agroflorestais, subsidiadas pelas mudas de frutíferas e essências florestais produzidas no viveiro da AMPPF”, conta Celma Oliveira.
O Projeto conquistou ainda o selo artesanal da ADEPARÁ, que autoriza o comércio da produção de polpas no estado. A certificação foi possível a partir do cumprimento de diversos parâmetros seguindo um regulamento técnico e validação por inspeção, garantindo a qualidade higiênico-sanitária dos produtos desenvolvidos pelas empreendedoras.
Como resultado, o foco no empreendedorismo rural feminino e no desenvolvimento de competências técnicas voltadas à gestão também garantiu o empoderamento de outras mulheres em outras comunidades da região, o que foi indicado pelo aumento de participantes durante o projeto. Com isso, ajudamos a região a continuar evoluindo em prol de um cenário mais equitativo e promissor para as empreendedoras.