skip to main content

Em 1972, Huub Spierings (acima) da Cargill fica a conhecer a incerteza do mercado do trigo quando uma transação de risco calculado tem o efeito oposto ao previsto pela TRADAX.

Correr riscos traz lições importantes 

Quando a equipa TRADAX da Cargill sofre um revés no início da década de 1970, o corretor Huub Spierings encontra apoio nos valores nucleares da empresa para se manter firme. 

January 01, 2015

Correr riscos calculados de forma inteligente tem sido crucial para o sucesso da Cargill. Whitney MacMillan, CEO entre 1977 e 1995, recorda as lições importantes que aprendeu sobre risco estratégico nos primeiros anos de trabalho na empresa. «Uma das coisas fantásticas que [os meus mentores] fizeram foi permitirem sempre que eu cometesse erros», explicou. «De facto, é assim que se aprende. Aprende-se com os fracassos, não com os sucessos.»

A história do funcionário da Cargill, Huub Spierings, é um exemplo demonstrativo do compromisso da empresa em aprender coletivamente com os erros. Spierings integrava a equipa TRADAX da Cargill, uma empresa criada inicialmente para gerir as importações da Europa provenientes da América do Norte. Trabalhou como corretor de cereais no início da década de 1970, uma década difícil para a TRADAX que então se expandia para novos mercados internacionais.

«Aprende-se com os fracassos, não com os sucessos.»
— Whitney MacMillan, Presidente e CEO da Cargill

Em 1972, a equipa de Spierings analisou cuidadosamente o mercado do trigo antes de efetuar uma série de transações arriscadas que se esperavam rentáveis. Infelizmente, o mercado entrou em queda e Spierings não teve alternativa senão contactar o seu supervisor, Leonard Alderson e explicar-lhe a perda inesperada.

Prevendo que iria ser penalizado ou despedido da empresa, Spierings optou por contar ao seu diretor a história completa. Para sua surpresa, Alderson, o diretor da TRADAX e chefe do departamento de corretagem financeira, recusou-se a apontar culpas. Em vez disso, explicou que a situação era um sintoma da natureza volátil do mercado e afirmou que iriam enfrentar a turbulência como uma equipa unida. «Alderson admitiu a possibilidade de o mercado voltar a subir e disse-me para aguentar o barco», recordou Spierings. «Disse-me: "Certificar-me-ei que terá recursos suficientes para gerir adequadamente esta posição...este problema não é apenas seu. Este problema é nosso".»

Huub Spierings Trading Inpage Leonard Alderson, o supervisor de Spierings, reforçou os valores da honestidade e do apoio, defendidos pela Cargill, insistindo que a equipa deveria enfrentar os obstáculos em conjunto.

A reação calma de Alderson à crise criou uma ligação duradoura entre os dois homens. Para Spierings e a sua equipa, reforçou o poder dos valores profundamente enraizados da Cargill, como a honestidade e o apoio aos funcionários, e ajudou a inspirar o seu crescimento contínuo na empresa. Spierings assumiu posteriormente diversas funções de liderança na empresa até se tornar presidente da Cargill Europa em 1997. Em 1999, integrou a Equipa de Liderança Empresarial (CLT), provando mais uma vez que a vontade de assumir riscos de forma inteligente e calculada é uma qualidade muito prezada na Cargill.

Hoje em dia, a empresa destaca estes mesmos princípios de honestidade e de apoio para promover um ambiente aberto e positivo que incentiva os funcionários a correr os riscos que, por sua vez, permitem à Cargill continuar a servir da melhor maneira os seus parceiros e clientes.